BREVES APONTAMENTOS
HISTÓRICOS SOBRE A FREGUESIA
DE SINTRA (SANTA
MARIA E S. MIGUEL)
SINTRA
“A
vila de Cintra, na Extremadura, é talvez a mais bela do mundo inteiro.” Esta afirmação de
Lord Byron traduz na perfeição a admiração e o encantamento que Sintra lhe provocou.
“A
glorious eden”, foi assim que o poeta inglês a descreveu aos seus
amigos, extasiado que estava com a belezas inigualáveis que Sintra lhe oferecia.
Byron, diz-se, não terá sido um exemplo de virtudes, mas era sem dúvida um
homem de cultura, viajado, e de refinado bom gosto. Não tinha os portugueses em
grande conta, é uma verdade, mas rendeu-se completamente aos encantos de Sintra.
Mas
não foi só Byron a deixar-se arrebatar pelas belezas da nossa terra, muitas
outras personalidades importantes da cultura europeia dos séculos XVIII e XIX, que
visitaram Sintra, ou aqui residiram, ainda que temporáriamente, também se maravilharam
perante o misticismo, a magia, o romantismo, a poesia e os encantos deste
pedaço de paraíso, que Deus fez questão criar, neste cantinho do mundo, para assombro
e delumbramento dos homens. Eis como alguns deles sentiram Sintra:
Richard Strauss, descobriu-lhe
o misticismo:
“Hoje
é o dia mais feliz da minha vida. Conheço a Itália, a Sicília, a Grécia e o
Egipto, e nunca vi nada, nada, que valha a Pena. É a coisa mais bela que tenho
visto. Este é o verdadeiro jardim de Klingsor e, lá no alto, está o Castelo do
Santo Graal".
E também
a magia:
“O
palácio da Pena bate todos os recordes da extravagância.
Erguido sobre um rochedo no ponto mais alto da Serra, o edifício, que parece
sair direitinho de um conto de fadas, sobressai por entre a verdura com as suas
cores vivas de vermelho escarlate e amarelo canário".
Hans Christian Andersen encantou-se
com a beleza da paisagem:
«Diz-se que todo o estrangeiro poderá
encontrar em Sintra um pedaço da sua pátria. Eu descobri aí a Dinamarca. Mas
julguei reencontrar muitos pedaços queridos de outras belas terras...»… Mas
«diferente, mais belo e pitoresco» é «o palácio de Verão de D. Fernando». «Todo
o caminho da serra é um jardim, onde a natureza e arte maravilhosamente se
combinam, o mais belo passeio que se pode imaginar”
"Nunca presenciei vista que destruísse
tão completamente o desejo de viajar. Se eu tivesse nascido em Sintra, julgo
que nada haveria que me tentasse a abandonar as suas sombras deliciosas e a
atravessar a terrível aridez que as separa do mundo"
Vergílio Ferreira viveu-lhe
o romantismo:
“Sintra é o único lugar do país em que a
história se fez jardim”.
E Almeida Garret, a poesia.
“Aqui a Primavera tem o seu trono” .
A FREGUESIA DE SINTRA (SANTA
MARIA E S. MIGUEL)
A HISTÓRIA
Sintra
tem atrás de si uma história riquíssima que recua até aos tempos pré-históricos.
A serra, só por si uma autêntica fortaleza, atraiu alguns povos primitivos que
ali se fixaram, confiantes na segurança que a montanha lhes garantia e
seduzidos também pelos bons ares e pela generosidade das terras. O que se julga
ser o mais antigo vestígio de ocupação humana em Sintra, foi encontrado na
proximidade do Castelo dos Mouros, e trata-se de um Sítio do Neolítico Antigo,
calcula-se que com IV a III mil anos AC. Muitos outros vestígios de antigas
civilizações têm vindo a ser descobertos em variadíssimos locais como, por exemplo,
na Penha Verde ocupada desde o Epipoleolítico até à Idade do Bronze, (1450 anos
AC). No Monte Sereno foram encontrados vestígios coevos; em Santa Eufémia, um
habitat fortificado da Idade do Ferro e no que é hoje a vila de Sintra, sabe-se
que foi ocupada por povos do Neolítico Final e Caleolítico, IV a III mil anos
AC. Monumentos funerários do Calcolítico Final e vários thloi têm vindo a ser descobertos, na sua maioria na área da serra
e um deles no Vale de S. Martinho. Ao longo dos séculos foram vários os povos e
comunidades que por aqui passaram, deixando atrás de si um importante espólio
arqueológico que tem vindo a ser descoberto, recolhido e estudado por
especialistas. Sabe-se hoje muito da história antiga de Sintra, mas, de
certeza, que há ainda muito mais história por descobrir. Da ocupação romana e
islâmica, há bastante informação que tem sido largamente divulgada por vários
historiadores que se dedicaram, e dedicam, ao estudo de Sintra, mas é da Idade
Média, a partir do ocupação cristã em 1147 que realmente começa a história que
nos interessa para o desenvolvimente deste pequeno e despretencioso trabalho.
Não
é possível determinar com rigor a data da criação da Freguesia de Sintra (Santa
Maria e S. Miguel), mas conhecem-se as suas origens. Sabe-se que depois da
rendição de Sintra às tropas cristãs de D. Afonso Henriques este mandou, pouco
tempo depois, edificar uma pequena igreja, (a de S. Pedro de Canaferrim), nas proximidades
do castelo. Estava criada a primeira paróquia da vila. Mais tarde, e porque os habitantes de Sintra, passado
o perigo de ataques inimigos, sentindo-se mais seguros, começaram a abandonar a
protecção das muralhas da fortaleza, e a fixar-se no Arrabalde, onde, pouco
tempo depois, foram construidas mais duas igrejas e respectivas paróquias, a de
Santa Maria e a de S. Miguel. Foi edificada ainda, nas proximidades do Chão de
Oliva, uma outra igreja, a de S. Martinho, e, consequentemente, criada uma outra
paróquia, com o mesmo nome. As áreas correspondente às quatro paróquias que
então já existiam na vila de Sintra ficaram demarcadas em 1253, pelo Tratado de Lemite. No que respeita às igrejas
do Arrabalde, sabe-se que eram dois templos magníficos que foram quase
totalmente destruidos pelo terramoto de 1755. Apenas a igreja de S. Miguel não
foi reconstruida, o que originou a extinção da paróquia e a sua integração na
paróquia vizinha de Santa Maria, isto no último quartel do século do século
XIX, ( provavelmente em 1860), Mais
tarde, em 1897, foi a vez desta freguesia, já unificada, ser anexada à de S. Pedro de Penaferrim, por
força dum Alvará de 9 de Junho desse
ano, “por não terem concorrido
eleitores”. Foi posteriormente desanexada por força do Decreto nº 10.535 de
doze de Fevereiro de mil novecentos e vinte e cinco.
ÁREA E POPULAÇÃO
A
Freguesia de Sintra (Santa Maria e S. Miguel), cobre actualmente uma área
aproximada de 11,5 km2 que se alonga, na sua zona habitada, do Arrabalde até ao
Ral, abragendo pelo meio os bairros da
Estefânea e da Portela de Sintra, e os lugares de Monte Santos, Cabriz, Lourel,
Campo Raso e A-dos-Crivos. Em plena serra, onde o lua beija o monte, temos
ainda o Castelo dos Mouros. A freguesia está delimitada a Norte pela Freguesia
da Terrugem, a Sul por S. Pedro de Penaferrim, a Leste pela Freguesia de
Algueirão-Mem Martins e a Oeste pela de S. Martinho. A população actual ronda os 10.000
habitantes.
CARACTERÍSTICAS
Santa
Maria e S. Miguel é uma freguesia em franca expansão, que não ficou parada no
tempo. Sem esquecer o passado, cujas memórias se esfoça por conservar, não
deixa de ter os olhos bem postos no futuro. Tentam os responsáves autárquicos e
a população que ama Sintra encontrar um equilíbrio sustentável entre o passado
e aquilo que se pretende que seja o futuro, sem que qualquer um deles invabilize
o outro. É sobre as memórias do passado que as sociedades inteligentes
alicerçam o seu futuro.
Freguesia maioritáriamente de cariz urbano, (os
bairros da Estefânia e da Portela de Sintra, o Arrabalde, Lourel e Monte
Santos), dispõe de algumas áreas caracteristicamente rurais, (um pouco em Cabriz,
no Ral, Campo Raso e A-dos-Crivos). Se é verdade que o comércio não se
modernizou o suficiente e está ainda longe da vitalidade desejada, em
contrapartida, os sector dos serviços tem crescido rapidamente e está activo e
pujante, centralizado preferencialmente na Estefânia e na Portela de Sintra. Serviços camarários vários, Finanças, Tribunal,
Protecção Civil, Julgado de Paz, bancos, seguradoras e clínicas médicas e de
diagnóstico são alguns dos exemplos de uma vasta rede de serviços implantada na
área da freguesia. Também o sector dos transportes tem aqui as suas bases
principais. A primitiva estação ferroviária, o interface com os autocarros
junto do apeadeiro da Portela, o eléctrico e as praças de táxis.
PATRIMÓNIO EDIFICADO
É vasto
e rico o património da Freguesia de Sintra (Santa Maria e S. Miguel). O seu
mais importante, e mais emblemático monumento é sem dúvida o Castelo dos Mouros, antiga fortaleza
medieval, herança de quatro séculos de ocupação muçulmana. Praticamente
destruido pelo terramote de 1755 foi recuperado no século XIX pelo Rei-Artista,
D. Fernando II, embora com uma configuração diferente da construção original.
Diz-se que na Torre Real, no ponto mais elevado das muralhas terá vivido o
poeta Bernardim Ribeiro.
Os Paços do Concelho é uma das mais belas
peças arquitectónicas da nossa freguesia. Começou a ser construido em 1906 segundo
um projecto do arquitecto Adães Bermudes, no local onde se encontrava a ermida
de S. Sebastão.
A Cadeia Comarcã de Sintra contruida em
1909 nos terrenos do antigo cemitério de S. Sebastião veio substituir o antigo
estabelecimento prisional que existia na Vila Velha, junto à Torre do Relógio.
Adães Bermudes, o arquitecto, desenhou-a de forma aparecer uma “fortaleza
medieval” de forma hexagonal com as diferentes faces ligadas por merlões,
torrelas e guaritas. A cadeia foi desactivada em Junho de 1969.
O Monumento aos Combatentes da Grande Guerra,
instalado na Correnteza é uma obra do escultor José da Fonseca, para homenagear
os soldados caídos em combate durante a 1ª guerra mundial, (1914/1918);
A capela de
Santo Amaro, é descrita no site da Câmara Municipal
de Sintra, da seguinte forma: “Sobre uma
pequena elevação de terreno diante do velho Solar dos Ribafria, encontra-se a
elegante Capela de Santo Amaro, ali erguida, provavelmente, no século XIII ou
XVI. Embora de linhas simples, este templo, construído em estilo românico, é
imponente na sua humildade”.
O Convento da
Trindade foi “fundado em finais do século XIV, pertencia
à Ordem dos Frades Trinitários, ordem mendicante oriunda do convento da
Trindade em Lisboa. O convento propriamente dito terá sido mandado construir
por volta de 1400, no reinado de D. João I, aproveitando uma antiga ermida aí
existente. Desse primitivo edifício já nada resta hoje, e a fachada que podemos
observar é obra de sucessivas alterações, a última das quais na década de
1980”.
A igreja
de Santa Maria, (classificada como monumento nacional), foi mandada
edificar no último quartel do século XIII, pelo prior Matim Dade, em
substituição de uma pequena uma ermida que ali existia. Destruida quase por
completo pelo terramoto de 1755, foi então reconstruida, mantendo o pórtico
original. Merecem destaque a capela-mor
com a sua abóboda artesonada medieval, a pia baptismal manuelina e uma
magniífica imagem estofada e policromada, do século XVII, representando Nossa
Senhora da Conceição.
Como exemplos de
arquitectura mais recente temos o Centro
Cultural Olga de Cadaval, (antigo Cine-Teatro Carlos Manuel), o Museu de Arte Moderna, onde há
algumas décadas atrás funcionou o antigo casino, e a igreja de S. Miguel, um exemplo muito interessante da nova
arquitectura religiosa.
O
PATRIMÓNIO CULTURAL
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Sintra
é um dos principais pólos culturais do nosso país, com prestígio reconhecido
além-fronteiras, principalmente pelo elevado nível da programação do seu
Festival de Música. Na área de Santa Maria e S. Miguel estão instalados alguns
dos mais importantes equipamentos culturais da nossa terra, como o Centro
Cultural Olga de Cadaval, o Museu de
Arte Moderna, a Biblioteca Municipal, a Casa do Eléctrico e a Casa do Teatro de
Sintra. A componente científica não podia ser esquecida e o Centro de Ciência
Viva, instalado na Ribeira de Sintra, tem sido um veículo de divulgação da
ciência, principalmente entre as crianças. Uma referência para o Jornal de
Sintra, um orgão de comunicação social, já com mais de 75 anos de existência,
ao longo dos quais tem vindo a desenvolver uma acção importantíssima na
divulgação da cultura sintrense, das suas personalidades mais marcantes e na
defesa dos interesses de Sintra e dos sintrenses.
Como curiosidade, e dando voz à minha costela de aficionado, e
também porque talvez poucos sintrenses o saibam, existiu em tempos em Sintra
uma praça de touros, no local onde se encontra hoje o Mercado Municipal da
Estefânia. José Alfredo da Costa Azevedo, em “Bairros de Sintra”, conta-nos
como foi: “Entre as Ruas Barros Queirós,
Ulisses Alves, Capitão Mário Pmentel e as traseiras dos prédios da Avª
Heliodoro Salgado , onde foi construído o mercado actual da Estefânia existiu
uma praça de touros, construida antes de 1878, (…), foi demolida após
implantação da República por ordem do
Presidente, Fernando Formigal de Morais, com a intenção de fazer uma melhor.
Mas o Formigal de Morais, aborrceu-se com o cargo, (e isso acontece a muita
gente boa), abandonou-o, e a praça de touros nunca mais se construiu.
O PATRIMÓNIO GASTRONÓMICO
Falar
da gastronomia de Sintra é falar essencialmente da sua doçaria tradicional e
principalmente das queijadas, das sabororas e apreciadas queijadas de Sintra. O
bairro da Estefânia ocupa um lugar importante na história desse doce ancestral já
referenciado em escritos de 1227, reinava então em Portugal o rei D. Sancho II.
As fábricas das queijadas do Gregório e a das Verdadeiras Queijadas da Sapa, ainda
em plena actividade, estão situadas na área da nossa Freguesia, onde se
fabricaram também, em tempos idos, as queijadas da Mathilde e em épocas mais
remotas, as queijadas Bijou, cuja fábrica funcionava na Rua Alfredo Costa. Recordo-me
ainda da existência, nos limites da Freguesia, na Volta do Duche junto à
entrada do parque, hoje da Liberdade, um outro queijeiro, que fabricava e
vendia as suas queijadas, cujo nome já não consigo lembrar, num edifício que
foi demolido por ocasião do alargamento da Volta do Duche, há já mais de meio
século. Novas marcas de queijadas surgiram entretanto na Estefânia, as
“Centenárias”, fabricadas pla pastelaria Tirol, as “Monserrate”, fabrico da
pastelaria com o mesmo nome e “Palácio Real” do Restaurante Apeadeiro. Uma referência ainda,e muito especial, para os
pastéis de nata do Gregório, uma verdadeira delícia, que rivalizam, com vantagem,
na minha opinião, com os celebrados pastéis de Belém.
QUINTAS
São
várias as quintas e casas apalaçadas existentes na nossa freguesia, algumas
delas, infelizmente, em estado de alguma degradação, fruto do abandono a que
têm sido votadas após o falecimento dos antigos proprietários e que os
herdeiros, por desinteresse, dificuldades económicas ou desentendimentos e
litígios, têm vindo a descurar. Felizmente nem todas estão decadentes pois existem
ainda algumas bastante bem conservadas como por exemplo a Quinta da Ribafria, a
Quinta do Palmela ou de S. Sebastião e a Quinta dos Lagos.
Existem
ainda, algumas outras propriedades de menor dimensão, mas todas elas pitorescas
e com motivos de interesse, quer seja pela frondosidade dos parques, pela
diversidade da vegetação, pela traça arquitectónica dos solares, e até, em algumas
delas, pelas suas pequenas mas interessantes capelas. São elas a Quinta de
Santo António, a Quinta da Roussada, a Quinta dos Cedros, a Vila Eugènia, o
parque da Casa Mantero, (hoje a Biblioteca Municipal), o Casal de Santa
Teresinha e outras tantas que existem um pouco por toda a área da nossa
freguesia.
O ASSOCIATIVISMO
Algumas
das mais importantes colectividades de Sintra, estão sediadas em Santa Maria e
S. Miguel, freguesia onde sempre existiu forte espírito associativo bem expresso no
significativo número de colectividades que aqui nasceram e que ao longo da sua
vida se têm dedicado à prática do desporto, à promoção da cultura e do recreio
e à acção social. O desporto tem sido dignamente representado pelo Sport União
Sintrense, uma referência no desporto sintrense (já foi campeão nacional de
futebol da 3ª divisão ), pelo Hockey
Clube de Sintra, um baluarte do hóquei em patins em Portugal, com vários
títulos nacionais e internacionais conquistados e berço de vários campeões do
mundo; a Tuna Operária de Sintra que para além da componente recreativa que a
caracterizou no primeiro meio século da sua existência, tem vindo ultimamente a
destacar-se na prática desportiva e que deu, recentemente, à nossa terra um
campeão do mundo na modalidade de karaté shukokai e o Sporting Clube de Lourel,
que tem vindo a desenvolver um trabalho exemplar nos escalões do futebol de
formação. De referir que, quer o Sport União Sintrense, quer a Tuna Operária de
Sintra, se preparam já para comemorar condignamente os respectivos centenários,
o Sintrense a 7 de Outubro do próximo ano, a Tuna, no dia 1 de Maio de 1912.
Para
além das colectividades já mencionadas há muitas outras que têm vindo a
desenvolver uma actividade a todos o títulos notável ao serviço da população
sintrense, nas mais diversas áreas de actuação. A Associação Cultural, Social e
Recreativa de Cabriz; a Liga dos Amigos da 3ª Idade, “OS AVÓS”, que desenvolve
uma importantíssima actividade social direccionada aos idosos, a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sintra, cuja importância é
desnecessário salientar, por tão evidente que é e a Santa Casa da Misericórdia
de Sintra, que desenvolve a sua actividade em três sectores fundamentais: acção
social, infância e idosos. A Associação Cultural da Terceira Idade de Sintra
(Universidade da 3ª Idade); Associação de Idosos, Pensionistas e Reformados de
Lourel; a delegação de Sintra da Associação Coração Amarelo; a delegação de
Sintra da Cruz Vermelha Portuguesa; a “ Âncora” – Associação de Pais em Luto;
Associção Cultural, Desportiva e Recreativa D. Carlos I; a Casa do Concelho de
Resende; o Núcleo de Sintra da Liga dos Combatentes, a Associação de Defesa do
Património de Sintra; o Centro Cultural e Desporto Sintrense; a CERCITOP,
(Centro de Educaçãoe Reabilitação de de Todo o País, CRL); o Grupo nº 93 da
Associação dos Escoteiros de Portugal; o Agrupamento nº 1134 do Corpo Nacional
de Escutas; a União Columbófila de Sintra;, a Associação Empresarial de Sintra
e o Clube de Esgrima de Sintra, têm também elas um historial brilhante,
cobrindo praticamente todas as áreas sociais e etárias, promovendo o apoio e a
solidariedade, a saúde física e mental, a intervenção cívica, a partilha e o
espírito de equipa, É um rol imenso e inestimável de serviços prestados à
população, garantidos por pessoas que sacrificam muito do seu tempo livre para
o colocar ao serviço do seu semelhante.
AS PESSOAS
Falámos
atrás nos diversos tipos de património que enriquecem e dignificam a nossa
freguesia, que encantam os visitantes e nos orgulham a todos os que aqui
nascemos, ou vivemos. Falta falar ainda de um outro tipo de património, talvez
o mais importante e talvez aquele que menos se evidencia e o menos reconhecido:
o património humano… as pessoas. São elas que sonham, são elas que acreditam no
sonho e são elas que o concretizam. Sem elas e sem a sua capacidade de sonhar a
obra não nasceria. Sintra está repleta de sonhos concretizados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estes breves dados históricos com que se pretendeu dar a conhecer um
pouco melhor a Freguesia de Sintra (Santa Maria e S. Miguel), foram pesquisados
em várias publicações e sites da internet, devidamente referenciados. Um estudo
mais aprofundado ter-nos-ia proporcionado muito mais informação para partilhar
com os leitores deste programa das festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel, e
proporcionar-lhes-ia conhecimentos mais aprofundados da história da nossa
terra. Por limitações de tempo e de espaço não foi possível ir mais longe. Se
para muitos dos nossos leitores nada do que aqui foi escrito constitui
novidade, acredito que para muitos outros há aqui informação que desconheciam.
Se este trabalho for útil, nem que seja para um leitor apenas, acreditem que,
para mim, valeram a pena, as muitas horas consumidas na pesquisa e na
construção do texto.
A nossa freguesia vai receber, uma vez mais, a veneranda imagem de
Nossa Senhora do Cabo Espichel que desde 1460 nos visita apenas uma vez em cada
quarto de século. São festas que tocam no coração do povo. São momentos de
alegria mas também são momentos de saudade.Todos nós tivemos pessoas queridas
que viveram connosco estas festas há 26 anos atrás e que agora já não estão
presentes. Não o estarão físicamente, é verdade, mas estarão, com toda a
certeza, bem dentro dos nossos corações. Cada uma delas ajudou também a
escrever a história destas festas. Fazem parte da história desta freguesia que
é a nossa. Saibamos ser dignos dos nossos antepassados, e que para nós seja uma
questão de honra contrubuirmos para o brilhantismo destes importantes festejos.
Também nós, ainda que anonimamente, passaremos a fazer parte da memória das
festas da Senhora do Cabo e da história da freguesia de Santa Maria
e S. Miguel, porque é o povo que faz a história.
Guilherme
Duarte
Nota: Este trabalho contém passagens
retiradas dos sites da Câmara Municipal de Sintra e Malha Atlântica.
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BRASÃO DE ARMAS E ESTANDARTE
Orago - Santa Maria e São Miguel Área
- 11,4 Km2
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República,
III Série de 15/12/1997
Armas - Escudo
de prata, asna merlonada de verde; em chefe, uma flor-de-lis e um ferro de
lança, ambos de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco
com a legenda a negro, em maiúsculas : “ SINTRA – SANTA MARIA E SÃO MIGUEL “.
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ESTANDARTE - De verde, cordões e borlas
de prata e verde. Haste e Lança a ouro.
Guilherme Duarte