No
silêncio dos bosques procuro a paz.
Revejo-me
na limpidez cristalina da água do lago.
Prende-se-me
o olhar na imponência e elegância dos cisnes ,
E
na suavidade com que deslizam
Na
quietude das águas mansas.
Encho
os pulmões com o ar leve e puro
Que
se respira no alto da serra,
Enquanto
descanso à sombra fresca
De
um castanheiro centenário.
Deixo-me
embalar pelo canto da água
A
brotar das fontes,
Pelo
rumorejar da folhagem
E
pelos trinados alegres que a passarada
Solta
nos ares.
Recordo
o passado, ao ouvir o som indiscreto
De
um beijo trocado num canto escondido,
E
deixo que os raios de sol,
A
dardejar por entre a ramagem,
Me
beijem o corpo.
A
espiritualidade que se respira no alto do monte,
Com
a cruz erguida a apontar ao céu,
Convida
a olhar para as alturas e falar com Deus.
Parece-me
ouvir o som suave das harpas
E
do canto dos anjos, a descer até mim,
Nos
braços do vento forte
Que
me fustiga o rosto.
No
ponto supremo da serra mítica,
Unem-se,
a lua e o monte,
Num
casamento que resulta em magia.
Aquela
magia que todos sentimos
Em
cada recanto da nossa serra,
E
que faz de Sintra
Um
Paraíso na terra..
Guilherme
Duarte
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